A reportagem da Rádio Oeste Capital e do portal ClicRDC obteve informações exclusivas sobre a morte de um bebê de sete meses em Chapecó, que agora está sendo investigada pela Polícia Civil como um possível caso de negligência médica.
De acordo com Débora da Veiga Tres, mãe da pequena Abigail da Veiga Tres, sua filha faleceu no dia 23 de setembro de 2024, após dias sem diagnóstico preciso, apesar de passar por diversos atendimentos médicos. Débora relata que, desde o dia 18 de setembro, levou Abigail várias vezes à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Presidente Médici e ao Hospital Materno Infantil. A criança foi tratada com antibióticos para suspeitas de bronquite e virose, mas não houve melhora no quadro.
No UPA, Abigail foi atendida por uma médica que, segundo Débora, teria prescrito medicamentos em doses equivocadas. A bebê apresentava febre alta durante vários dias e, no dia 22 de setembro, precisou ser internada no Hospital Materno Infantil, quando começou a recusar os medicamentos.
Na manhã seguinte, dia 23, Abigail sofreu suas primeiras crises convulsivas. Débora relatou que os médicos tiveram dificuldades em encontrar uma veia para administrar medicamentos, optando por um acesso central e, em seguida, realizaram uma cirurgia. Após o procedimento, Abigail sofreu uma parada cardíaca, que resultou em sua morte. A declaração de óbito apontou como causas antecedentes o estado epiléptico e gastrite aguda viral.
A mãe afirmou que está em posse das receitas médicas e medicamentos prescritos, que pretende fornecer à polícia para investigação. A Polícia Civil foi acionada após o médico responsável pelo atendimento solicitar o encaminhamento do corpo ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia, mas, segundo Débora, o hospital inicialmente se recusou a fazer o envio, gerando apenas uma guia para o procedimento.
A Delegacia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) está à frente do caso. A delegada Lisiane Jungues informou que a investigação está sendo tratada como prioridade, mas ainda não há mais detalhes a serem divulgados.
O Hospital Materno Infantil também foi procurado pela reportagem, e uma nota oficial sobre o caso deve ser emitida na manhã desta terça-feira.
A equipe de reportagem do ClicRDC e da Rádio Oeste Capital continua acompanhando o caso e permanece à disposição para que todas as partes envolvidas possam se manifestar.
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